sábado, 18 de julho de 2015

Semana de Moda Masculina de Paris - Primavera/ Verão 2016

O que pandora tem pra gente hoje?

Para quem já quer ir se ajeitando com as formas, cores e proporções do verão que vem, aqui vão as primeiras informações observadas na Semana de Moda de Paris, desta vez são os homens que comandam a passarela.

Vamos às tendências:
Dior Homme

O estilista Kris van Assche continua contemplando a alfaiataria mais formal e alongada que faz a fama da marca, mas acrescenta diversos itens mais casuais, que, na versão Dior, fica superchics, claro. Os tênis, as parkas, as jaquetas bomber e em especial a estampa camuflada ganham espaço e se transformam nas estrelas da passarela. Outro toque legal, que também está em outras coleções graças à influência da nova Gucci de Alessandro Michele: os patches florais aplicados da sequência final.

Foto: Lilian Pacce


Louis Vuitton

O estilista Kim Jones adora viajar e deixa isso claro na primavera-verão 2016 da Louis Vuitton apresentada na Semana de Moda Masculina de Paris, cheia de referências a diversos lugares do mundo. A mais óbvia são as estampas e bordados asiáticos, com pássaros e macacos, mas também tem as listras de looks típicos da Birmânia e o levíssimo couro de Kobe. Na silhueta, chama a atenção o short largo e o clima pijama que também está presente em outras coleções dessa temporada. A diferença está na calça: mais ajustada, sem se render ao baggy que dominou Milão.

Foto: Lilian Pacce


Valentino

A proposta da maison para a primavera-verão 2016, é misturar de tudo: camisa com floral havaiano, verde militar, jaqueta esportiva com manga raglan, patchwork de denim, floral colorido bordado em fundo preto à camisa de caubói, toque étnicos. Essa mistura toda faz com que o que se sobressaia não seja nenhuma dessas referências e sim a maior: o trabalho de ateliê que deixa cada item desfilado mais precioso.

Foto: Lilian Pacce


Saint Laurent

Uma mistura de códigos dos universos do surfe e do grunge (com ar de brechó) dá em algo diferente de ambos. Elementos Presentes: patchwork de couro, floral bordado, os óculos redondos com aro de acrílico, franjas, animal print, tricô de vovó e até xadrez. As silhuetas de coqueiro têm um tom Tumblr, meio seapunk, e às vezes tem um tom de brechó mesmo.

Foto: Lilian Pacce


Lanvin

A ideia do estilista Lucas Ossendrijver, é fazer com que as roupas novas passassem por um tratamento ou que tivessem “defeitos” propositais pra mostrar que as coisas “não são perfeitas”. O resultado, na descrição, pode parecer punk ou grunge, mas concretamente é mais chic e limpo. Fica com uma cara do estilo cool, sem cair no brecholento. As silhuetas são diversas, do skinny ao oversized, com uma predileção pelo amplo total nos casacões longos.

Foto: Lilian Pacce


Kenzo

Em um cenário cheio de areia imitando o deserto, a dupla Carol Lim e Humberto Leon dá a sua contribuição à tendência utilitária que é uma das vertentes fortes da temporada de verão. A pegada é de viajante-mochileiro, do tipo que curte um turismo aventureiro que inclui pulo de pára-quedas. Fitas pra puxar que franzem o tecido, fivelas, macacão. O patchwork de jeans é feito em listras horizontais e as peças são em sua grande maioria amplas, privilegiando uma silhueta oversized às vezes acinturada.

Foto: Lilian Pacce


Balmain

Essa é a estreia da linha masculina da Balmain nas passarelas da Semana de Moda Masculina de Paris. O tema, da coleção masculina de verão, são grandes aventuras do começo do século 20 (O Safári). O blazer cheio de tiras de couro formando um relevo com nós diferentes impressiona, mas pra eles o que deve pegar são as sahariennes com os bolsos utilitários do momento. Referências à Union Jack, bandeira inglesa, pintam aqui e ali.

Foto: Lilian Pacce



Givenchy

Givenchy, procura resgatar alguns de seus top hits na passarela: a mistura de streetwear e esporte com a alfaiataria formal; a religiosidade; estrelas e listras; vestidos pra mulheres (mesmo no desfile da linha masculina!) com rendas formando desenhos simétricos e plumas; xadrez.
O cenário cheio de grades sugere uma temática de encarceramento, assim como maxicorrentes e a própria imagem de Jesus crucificado. Outra tendência importante que aqui é levada a mil possibilidades é o jeans: ele aparece de tantos jeitos que a mensagem é “use-o, e use-o de um jeito diferente, seja lá como for”. 

Foto: Lilian Pacce


Michael Kors

Michael Kors traz a ilha de Capri até você: os looks com proporções mais amplas e caimento fluido aparecem nos ternos, confeccionados em linho com estampa de pijama; nos trench-coats às vezes com cintura marcada; nas calças com barras dobradas e até nas bermudas. As sandálias se mantêm firme e fortes em todos os looks da coleção e alguns looks trazem encharpes.

Foto: Lilian Pacce


Tommy Hilfiger

Tommy Hilfiger se inspira em homens em clima de viagem por uma ilha luxuosa nos anos 50. As influências passam pelas ilhas americanas, com o terno ganhando uma reinterpretação fresh. A roupa social leva um toque de casual com cara de férias. As cores são clássicas, que variam do branco até marinho e vinho, e o navy é uma referência com as listras e os looks brancos.

Foto: Lilian Pacce


Ao observar algumas propostas da semana de moda masculina de Paris, as roupas estão bem ousadas, com um toque mais sensual e de leveza: blusas de renda, shortinhos curtos, pijamas de cetim, saias foram os elementos que tiram um destaque maior!
A moda não está olhando o publico clássico. Está de olho é na turma da moda e nos jovens para ver se consegue esticar os limites do que é aceitável para o mundo masculino tradicional para, aos poucos, ir relaxando seus rígidos códigos e conhecido conservadorismo. 
O mundo da moda masculino já foi tão sofisticado, precioso, cheio de detalhes, rendas, babados e cores como é o feminino; é só olhar os franceses da corte do Rei Luis XIV, chamado de Rei Sol. Por conta da Revolução Francesa, da ascensão da burguesia, do protestantismo e da Revolução industrial, a partir do século XIX os homens abdicaram das vaidades e passaram a se concentrar em ganhar dinheiro. Aparentar deixou de ser menos importante do que ter.

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