O que pandora tem pra gente hoje?
Em sua
oitava edição, o Vitória Moda propôs um tema: “Luz, câmera, inspiração!” de modo que os estilistas, buscam
inspirações no cinema, teatro, dança, música e manifestações culturais presentes
no cotidiano de muitas pessoas. Com o objetivo de mostrar que é possível
agregar ao evento um clima de alegria, entusiasmo e renovação, produzindo um
espetáculo inesquecível não apenas para seus participantes, mas, também
especialmente, para o público que o evento atrairá.
A
primeira programação do Vitória Moda 2015 contou com uma palestra da expert em
moda e comportamento Cláudia Matarazzo, apresentação da Camerata do Sesi e a
presença de representantes da Findes e da Câmara do Vestuário.
Eu e Cláudia Matarazzo
O primeiro dia do evento contou a inovação dos prodígios de moda que se apresentaram
como “Novos Talentos”:
Alyne Angeli, ao som de “Sereia”, do mestre do
pop Lulu Santos, jogou a rede no mar. E com força. Entre crochês,
couros de cangaço made in Nordeste, ela foi mergulhar no
mítico embelezar das sereias nas pedras do oceano, nas belezas do litoral e na
rotina árduas dos pescadores. Tudo isso com um handmade de
ótima qualidade, bem acabado, desde croppeds até bolsas. A mulher de Alyne
Angeli ficou sensual, mesmo com esse caráter mais rústico das cores terrosas,
do couro e do artesanal. Como cantava Lulu Santos enquanto o desfile acontecia,
foi puro “delírio tropical” e “fantasia”.
Foto: Leo Gurgel
Isabella
Vasconcelos. Se a França tem Versalhes, Vitória tem o Palácio Anchieta. E foi
lá, na sede do executivo estadual, que Isabella Vasconcelos foi buscar sua
inspiração. A estudante de moda abordou uma mulher sensual, forte e feminina. A
mulher de Isabella acabou por pegar emprestado toda a suntuosidade dos lustres
e dos grandes salões. Por isso, a passarela foi invadida por bordados, cetim e
seda, distribuídos em uma paleta sóbria como o Anchieta: dourado, nude e bege.
Um dos vestidos, por exemplo, tinha a base armada como se fosse um próprio
lustre que ilumina as tomadas de decisão que regem o Espírito Santo. Uma
estreia, digamos, ilustre, como a proposta demandava.
Foto: Leo Gurgel
Ligia de Oliveira. A estudante se inspirou na diretora de arte japonesa Eiko Ishioka. Baseando nos trabalhos da oriental, a estilista resolve abusar no surreal. Como consequência os looks vieram drapeados, todos em vermelho e com geometria depondo a favor da terra do sol nascente. Os tecidos, todos planos, revezaram entre crepe welch, musseline e elástano.
Foto: Leo Gurgel
Mayari Jubini. O desfile apresentou uma proposta bem de
enfática: sair do consenso, do que temos como lógico, como razão. Apresentou
uma coleção na “Cidade dos Sonhos”, e nos levou com ela para uma fuga da
realidade, numa espécie de escapismo “Partindo do universo do diretor, a arte
deve libertar-se das exigências da lógica e da razão cotidiana, procurando
expressar o mundo do inconsciente dos sonhos”, afirma. Ela usou cortes
modernos, apostou em tiras, neoprene, e jacquard, sem perder a fluidez de suas
peças com seda e cetim. Foi o meu preferido!!!
Foto: Leo Gurgel
Monique Marcelli. A estilista foi rumo ao Oriente Médio e lá
encontrou três modelos que valorizam a silhueta da mulher. Seja na saia, na
calça ou no vestido, Marcelli apostou em uma paleta clássica, à lá clima árido:
branco, bege e preto. A coleção cumpriu com sua proposta de apresentar um
requinte do outro lado do Meridiano de Greenwich. Chocante viu!
Foto: Leo Gurgel
Chris Trajano, com pegada elegante, ela abusou das cores:
preto, branco e azul, amarelo e vermelho. Peças com movimentos e shapes
variados! De Top Cropped a vestidos longos e pantalonas; Bocas marcadas ficaram
em evidencia.
Foto: Leo Gurgel
Clutch, a marca ofertou a passarela um sério
questionamento da evolução de menina para mulher. A estilista usou e abusou da
cintura típica dos anos 60 com o atual Cropped. Estampas geométricas, shapes
diferentes, transparências, sensualidade e as modelos com cabelos e make bem
princesa!
Foto: Leo Gurgel
Dua’s apresentou um mix de texturas, com tecidos leves e
rendas refinadas, cosmopolita e vintage ao mesmo tempo. Mangas godês e saias leves
secretárias estiveram presentes na coleção.
Foto: Leo Gurgel
Marcelo Zantti, iniciando com a carreira solo ele arrasou
o desfile, sua inspiração: linhas ora
retas, ora curvas ou assimétrica de nomes como os arquitetos Zaha Hadid e Frank
O. Gehry. Vestindo uma mulher sofisticada, o estilista valorizou o corpo com
cinturas marcadas, decotes sutis, transparências, franjas, bordados e rendas.
Nos tecidos, tule, renda, couro, seda e crepes. “Busco um visual urbano e
atemporal, mas com um quê de romantismo velado. Investi em uma mistura de
épocas como as sias e vestidos rodados dos anos 50, bem lady like, na silhueta
reta dos anos 40 e no exagero e volume dos anos 80, tendo a pantacourt como
referência”, disse o fashion designer. Sensual e feminino, recortes bem
acabados, sólidos, retos, e uma alfaiataria atemporal com mix de texturas
incrivelmente lindas, o baiano estreou com o pé direito!
Foto: Leo Gurgel
Amabilis misturou o sensual com a já característica
elegância da marca, resolveu vestir
uma mulher mais sensual sem perder a elegância que a marca pede, de forma com
que seus looks venham a ser mais democráticos e atinjam uma parcela maior de
compradoras. Daí, eles partiram para uma viagem rumo aos anos 70 e embarcaram
na era disco e no estilo boho. Ao som de ABBA no
Vitória Moda, apresentaram um desfile corretíssimo com tecidos plenos, fluidos
e alfaiataria. Com argolas nas peças, croppeds, coletes, vestidos, macaquinhos,
a grife não deixou em nenhum momento a mulher ficar sem um look solto como pede
o verão. A cartela de cores, apostaram em muitos tons terrosos, laranja,
corais, e off white. Uma grata viagem no tempo das pantalonas e da calça flare.
Foto: Leo Gurgel
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